Caso de Obra apresenta aterro ultraleve de aproximação de viaduto no interior de SP

Foto aérea do Trevo do Caxambú concluído

Da Roma Geossintéticos Devido ao grande fluxo de veículos, principalmente nos finais de semana na região de Itatiba (SP) surgiu a necessidade da construção de um complexo viário, facilitando o escoamento de veículos no Trevo do Caxambu. Assim o Consórcio Corredor Dom Pedro I – Rota das Bandeiras iniciou esta obra em 2009.

Segundo os engenheiros responsáveis pela obra, a estimativa era de que o “Aterro Ultraleve” fosse concluído em 45 dias, enquanto que outra solução estudada, com mais de 200 estacas de sustentação, levaria cerca e 118 dias para ser executada, sem contar com a sobrecarga do aterro convencional sobre solo de baixa capacidade portante.

Além disso, a técnica com Poliestireno Expandido (EPS) permitiu que o tráfego não fosse interrompido e reduzisse os serviços de terraplenagem. A metodologia foi utilizada pela Concessionária na base do viaduto do Trevo do Caxambu, em uma extensão de 80 a 100 metros. Por ser mais leve, o material pode ser utilizado sobre terreno de solo mole, característico do trecho. Além de EPS, a obra empregou também geomembranas de PEAD e geotêxtil.

Processo Construtivo – Ainda inédita no Brasil, apostaram em uma tecnologia bastante utilizada na Europa, mais especificamente na Noruega, para solucionar problemas de prazo de entrega da obra. A técnica denominada ‘’Aterro Ultraleve’’ consiste em usar blocos de EPS em substituição ao aterro convencional, feito com terra.

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De acordo com a Concessionária, é importante ressaltar que essa solução tem uma restrição quanto à subpressão causada por lençol freático. Por isso, foram executadas sondagens para aferição do nível do lençol freático e foram descartadas as possibilidades de ocorrência desse efeito. A partir dessas verificações foi dado sequência ao andamento do projeto.

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A primeira etapa de execução do aterro foi a construção de base de concreto sobre o solo. Após isso, os blocos de EPS de 23 kg por m³ foram encaixados e depois revestidos por Lonas Super de PEAD, para garantir a durabilidade necessária. Em seguida, mais uma camada de solo cimento é feita e, após esta etapa, uma camada de concreto projetado finaliza o processo.

A fundação composta do solo local compactado, com uma camada de areia de 20 centímetro, foi utilizada para servir de base para os bloco de EPS, que possuem uma densidade semelhante ao solo local compactado, onde foram colocadas 8 camadas de blocos sobrepostos em curva.

A cada duas camadas, foram colocados tubos drenos envolvidos por um geotêxtil não-tecido. Recobrindo toda a superfície lateral dos blocos, foi utilizada a Lona Super com a função de proteção dos blocos de EPS.

O revestimento/proteção lateral desse Aterro de EPS foi composto por basicamente 3 camadas a saber: 1) Solo Cimento (com 6% de cimento), 2) Tela Metálica e 3) Concreto Projetado (25MPa).

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Posteriormente os taludes do Aterro serão cobertos por grama. Para a proteção superior do Aterro, foi utilizada uma Geomembrana de PEAD de 1,0 mm de espessura. Sobre ela, foi instalada uma laje de concreto e finalmente o Pavimento Asfáltico, composto de 3 camadas a saber: 1) BGTC, 2) BGS e 3) Capa Asfáltica (CBUQ ≠ 2 ou 3).

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