
Seção de projeto da solução proposta

Vista do paramento frontal da estrutura
Camyla Margarete Magalhães de Oliveira, Kayo Antonio Dascanio Borges, Emerson José Ananias e Fernando Xavier Pereira, da Maccaferri do Brasil, trouxeram ao Cobramseg 2016 um estudo de caso de obra bastante completo sobre o “Solo Reforçado com Geogrelhas e Tirantes, Paramento Frontal em Gabiões”, realizado na Região Serrana do Rio de Janeiro, precisamente na cidade de Petrópolis.
A obra consiste numa duplicação de uma rodovia que possui como início o entroncamento da BR-450 com a BR-251 no Distrito Federal e término no Rio de Janeiro (RJ) que tem como objetivo proporcionar maior segurança aos condutores no trajeto e reduzir o tempo de viagem. A fim de avaliar o local da obra corretamente foram realizadas algumas investigações geotécnicas e, a partir destes resultados, foi possível realizar um perfil geológico geotécnico da área. Após a avaliação desta caracterização foram encontrados alguns desafios para execução da contenção: solo de fundação com baixa capacidade de suporte, nascente de água nos sentidos longitudinais e transversais à contenção, existência de uma galeria transversal à contenção para encaminhamento das águas provenientes das nascentes, falta de espaço para escavação da base dos reforços primários, dificuldade acesso e a necessidade de conservar totalmente a área de divisa que é uma Área de Supressão Vegetal.
Foram implantadas as seguintes soluções mediante os desafios encontrados: troca de solo na fundação por agulhamento com pedra rachão, um reforço primário (geogrelhas) e um reforço secundário (malha metálica). O reforço secundário consiste de um sistema de solo reforçado composto pela associação de um reforço metálico em malha hexagonal de dupla torção a um paramento frontal formado por uma gaiola metálica preenchida com rachão, ambos formados por um único pano que forma: o reforço, a base, a face e a tampa da gaiola, fabricados com arames em aço de baixo teor de carbono revestidos com uma liga de elevada resistência à tração e baixos níveis de alongamento.
Esta solução foi associada à geogrelhas tecidas (reforço primário) produzidas a partir de filamentos de poliéster com baixos valores de alongamento revestidas com PVC. Na área onde não foi possível executar a escavação da base para instalação dos reforços primários, a solução descrita foi associada à execução de tirantes monobarra com inclinação de 10 com placas de ancoragem. A estrutura de contenção obteve como altura máxima 28 metros, com extensão de 164 metros, área de face de 3.286 m², inclinação de 6°.
Para saber mais detalhes da obra acesse aqui o documento.