Estudo de Caso – Trabalho de alunos do Instituto Mauá analisa caso de obra com geogrelha

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Face do Muro de Solo Reforçado com Geogrelha

Tendo em vista a importância do dimensionamento de muros de arrimo e taludes reforçados com geogrelhas, um grupo de estudantes do Instituto Mauá de Tecnologia (São Caetano do Sul – SP), apresentou no Geossintéticos 2015 (realizado em Julho de 2015 em Brasília) um Estudo das Aplicações de Geossintéticos em Obras Civis: Análise de Caso com Geogrelha.

Neste trabalho, que teve apoio da empresa Geo Soluções, apresenta-se o estudo de caso de um muro de arrimo de cerca 12,0 m de altura reforçado com geogrelha, o qual foi construído na região metropolitana de São Paulo.  “O trabalho teve o intuito de introduzir os alunos de engenharia na resolução de um problema prático da Geotecnia, o dimensionamento de um muro de arrimo reforçado com geogrelha, com a função de criar um terrapleno para a construção de um condomínio de galpões industriais. Os alunos fizeram uma visita na obra, durante a construção do muro, escolheram um método de dimensionamento de geossintéticos para uso como elemento de reforço, e aplicaram o conhecimento adquirido, da mesma forma como é feita na prática pelos Projetistas Geotécnicos”, explica o professor Fernando Luiz Lavoie.

“O presente artigo apresenta a metodologia de cálculo utilizada para o desenvolvimento do dimensionamento do muro, de acordo com os parâmetros do solo utilizado na obra. Também foi realizada uma parametrização com o solo do aterro a fim de se obter dados que indicassem como os principais parâmetros do solo (ângulo de atrito, peso específico e coesão) interferem no comportamento do maciço reforçado”, explicam os autores do artigo.

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Instalação de uma das Camadas de Geogrelha.

O grupo conclui que a metodologia de cálculo utilizada no dimensionamento do muro estava coerente, e que as inclusões com geogrelhas feitas em solos arenosos são mais eficientes que em argilas. Além disso, o peso da estrutura

também interfere de forma significativa nos resultados. Por fim, o uso da coesão presente em solos finos conduz a uma otimização da resistência necessária para os reforços.

“A maior dificuldade encontrada foi a calibração do método de dimensionamento, pois os alunos não tinham prática a respeito do tema. Uma vez vencida esta etapa, os resultados apresentados foram consistentes. Como resultado adicional, os alunos realizaram uma parametrização do solo, comparando os resultados do dimensionamento do solo da obra, um solo arenoso, um solo argiloso e também um solo siltoso”, conclui o professor.

Contribuíram no estudo os alunos Carlos Alberto Ortiz Hadlich, Felipe Montanarini Tavano, Luís Henrique Diniz Kaimoto, Matheus Tomé Sá César de Camargo, sob a supervisão do professor Fernando Luiz Lavoie e contribuição de José Orlando Avesani Neto, da Geo Soluções.

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